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sábado, 2 de outubro de 2010

A dieta que deixa você jovem e magra

Com a Dieta da Zona Metabólica, é possível enxugar até 1,5 quilo por semana, evitar as rugas precoces e equilibrar os hormônios. Isso sem fazer grandes renúncias alimentares

Por Carla Camargo
F.Farré/S.Weber
Quase todo mundo sabe que a melhor maneira de emagrecer e depois manter o peso é reeducar-se. Sem receita mágica ou fórmula mirabolante. Mas nem sempre é fácil. Até porque a reeducação alimentar não é algo que se aprende do dia para a noite. A não ser que você tenha à mão uma dieta que ensine a fazer isso de maneira inteligente, como, por exemplo, trocar alimentos calóricos por outros que a mantenham satisfeita por mais tempo. É basicamente isso que a Dieta da Zona Metabólica, também conhecida como Dieta do Equilíbrio Hormonal, faz. Ela ganhou esse nome porque ajuda a estabilizar a insulina e outros hormônios ligados à alimentação — o que leva ao emagrecimento. Não bastasse, regula o consumo de açúcar e contribui para a eliminação de radicais livres. Com isso, desacelera o envelhecimento.

Entusiasta da dieta, o endocrinologista Filippo Pedrinola (SP) explica que a função da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é retirar o açúcar da circulação sanguínea e colocá-lo nas células para produzir energia. “Em excesso, a insulina dá mais fome, faz o corpo reter gordura e queimar menos calorias”, afirma. Para mantê-la sob controle, a Dieta da Zona Metabólica atua em duas frentes. A primeira é o cardápio, composto de 40% de carboidratos, 30% de gorduras e 30% de proteínas. Nessas proporções, a proteína e a gordura fazem com que os carboidratos demorem mais para virar açúcar. Isso evita que o corpo estoque gordura. A segunda é o controle do índice glicêmico (IG) dos alimentos. Ou seja, a capacidade que cada alimento tem de aumentar o nível de açúcar no sangue. Quanto mais alto o IG, mais rápido o açúcar cai na corrente sanguínea, o que resulta no aumento da insulina e, consequentemente, do peso. Monitorar o índice, no entanto, não implica andar com uma tabela de nutrição a tiracolo, como sugerem outras dietas. Especialistas que defendem a Zona Metabólica fazem recomendações simples, como trocar massas com farinha branca por outras à base de farinha integral. Batatas, em vez de fritas, cozidas ou assadas. Pipoca pode. Mas só se for feita na panela. No micro-ondas ocorrem reações químicas que fazem o IG subir.

A redução de alimentos com alto índice glicêmico também combate os radicais livres. Isso porque o açúcar é um dos responsáveis pelo aumento dessas moléculas. “A ingestão excessiva de açúcares desencadeia um processo chamado de glicosilação”, diz Pedrinola. “As moléculas de glicose flutuam no sangue e se fixam às moléculas de proteínas. Essas estruturas grudam umas nas outras e provocam inflamações nos tecidos, que se degeneram e levam ao envelhecimento. A glicose excedente também enfraquece as fibras de colágeno, responsáveis pela sustentação da pele. Assim, surge a flacidez e, com ela, mais rugas.” Especialista em medicina anti-idade e presidente do Colégio Brasileiro de Medicina Antienvelhecimento e Longevidade, o médico Ítalo Rachid (SP) é outro entusiasta da dieta e costuma seguir ele mesmo os preceitos da Zona Metabólica. “Combinar bem os nutrientes barra os radicais livres e regula os hormônios. Além de reduzir a gordura corporal, isso desacelera o processo de envelhecimento”, afirma.

Ao adotar a dieta, você contabiliza muitos benefícios para a saúde. O colesterol ruim baixa. O bom aumenta. O risco de hipertensão diminui. Portanto, não há dúvidas de que vale a pena experimentá-la. Elaboramos um cardápio com substituições para servir de base na hora de sentar à mesa. Também criamos um quadro com trocas espertas para manter o IG em equilíbrio. É só começar!
Cardápio do dia a dia Este cardápio de baixo índice glicêmico, elaborado pela nutricionista e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori (SP), tem as proporções aproximadas de proteínas, gorduras e carboidratos sugeridas pela Dieta da Zona Metabólica. O valor calórico gira em torno de 1.500 calorias. A estimativa de perda de peso é de 1, 5 quilo por semana.
Café da manhã • 1 copo de leite semidesnatado batido com uma fatia de manga e 1 colher de sobremesa de farelo de aveia. Ou 1 copo de iogurte batido com frutas vermelhas. Ou 1 copo de suco de frutas com aveia e mel.

• 2 fatias de pão integral com uma camada fina de manteiga. Ou 1 pão francês integral sem miolo com mussarela de búfala. Ou 3 torradas integrais com geleia rica em fibras. Ou 1 fatia de bolo de maçã com canela integral.
Lanche da manhã• 1 copo de suco de soja do sabor de sua preferência com 1 colher de sopa de colágeno parcialmente hidrolisado. Ou 1 taça de salada de frutas com 1 colher de sobremesa de sementes de linhaça.

• 2 castanhas-do-pará. Ou 1 colher rasa (sopa) de amendoim torrado em casa (sem sal).
Almoço
• Verduras cruas à vontade, temperadas com 1 colher de sopa de azeite de oliva, pouco sal e limão ou vinagre balsâmico.

• 1 colher (daquelas de servir) de arroz integral. Ou 1 xícara (chá) de macarrão integral.

• 1 concha de tamanho médio com feijão preto. Ou grão-de-bico. Ou lentilhas.

• 1 porção média (tamanho da palma da mão) de alcatra empanada em clara de ovo e flocos de aveia, assada. Ou frango assado. Ou filé de peixe empanado em aveia e fubá. Ou carne moída refogada com proteína de soja texturizada.

• 1 escumadeira de brócolis com raspas de amêndoas. Ou espinafre refogado com alho. Ou cenouras al dente com nozes picadas.

• 1 laranja-lima. Ou 1 manga. Ou 1 fatia de abacaxi. Nota: frutas em geral têm IG de moderado a alto. No entanto, ingeridas após a refeição, a mistura delas com outros alimentos faz com que a liberação de açúcar ocorra lentamente, o que impede o aumento excessivo dos seus níveis no sangue.
Lanche da tarde
• 1 copo de suco de soja. Ou 1 xícara de chá misturado com 1 colher de sobremesa de colágeno parcialmente hidrolisado. Ou 30 gramas de chocolate com 60% de cacau ou mais.
Jantar • 1 porção de salada ceasar com frango desfiado e croutons. Ou salada verde com frutas picadas e molho de azeite e vinagre balsâmico. Ou salpicão de frango defumado com maionese light e repolho branco e uvas-passas.

• 1 pedaço de quiche integral feita com uma mistura de cogumelos shiitake, shimeji e paris. Ou omelete recheada de tomate picado, palmito e escarola refogada.

• 1 porção de carpaccio de banana com canela e cacau em pó. Ou frutas frescas. Ou 1 fatia de bolo integral de chocolate.
Lanche da noite • 1 cookie integral de passas ou 1 banana com aveia. Ou 2 crackers integrais com fina camada de margarina light.

 • 1 xícara de chá de capim-cidreira.

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